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domingo, 4 de janeiro de 2015

7º e 8º dia: Dia 01 e 02/01/2015 – Quinta e Sexta-Feira – Tavares, RS à Chuí, RS à Punta Del Este


1.  Primeiro abastecimento do dia:               272 km - 14,2 lts – média 19.12 km/lt
2.  Segundo abastecimento do dia:              124 km -   7,3 lts - média 16,87 km/lt
3. Terceiro Abastecimento do dia:               268 km - 15,6 lts - média 17,23 km/lt



Kms dos dias 7ª e 8º ..............    616
Kms acumulados...................  3.165

Tavares - RS à Chuí RS à Punta del Este - Uruguai

7º dia: Dia 1º/01/2015 - Quinta Feira - Tavares à Chuí - RS


Como havíamos conversado com o proprietário do Posto de Gasolina em Tavares onde abastecemos as motos, não preocupamos em sair muito cedo, a informação que ele nos trazia era de que a balsa que faz a travessia do canal (mar aberto e Lagoa dos Patos) só sairia à partir das oito horas da manhã.

Levantamos cedo como de costume, mas sem pressa, pois sabíamos que não adiantava levantar muito cedo, como de costume, agora calmamente arrumamos as malas nas motos e saímos, guiados por Deus e montados em nossas valentes motocicletas.

A estrada de Tavares até Chuí está muito boa, diferentemente do trecho de ontem que estava uma porcaria (perdão pela expressão chula). Muitas retas e uma tocada bem legal, sem imprevistos, tempo bom e quente e como disse antes, muito movimento nas estradas, agora, talvez por já estarmos muito próximo a Rio Grande, no Rio Grande do Sul, uma enorme cidade gaúcha.

O proprietário do posto que nos informou sobre a balsa, não sabia ou não previu que era o primeiro dia do ano e isso faz muita diferença.

Feriados e finais de semana os horários de saída da balsa são outros e como havíamos chegado à Barra da Lagoa por volta de dez horas, obtivemos a informação de que só às duas horas da tarde teríamos outra balsa para a travessia, com isso, só de espera da balsa foram mais de três horas.

Imagem do satélite (Google) do Canal da Barra da Lagoa dos Patos, onde uma balsa faz a Ligação de São José do Norte - RS à Rio Grande - RS - distância em linha reta - 5 km - Pouco abaixo a foz da Lagoa no Oceano Atlântico.



Aproveitamos esse tempo para colocar a prosa em dia e procurar um restaurante para almoçarmos para adiantar a viagem, mas por causa do feriado do primeiro dia do ano, não encontramos em São José do Norte-RS, no final da ponta (istmo), um único restaurante aberto. Após várias tentativas, acabamos almoçando um sanduíche por sugestão de um senhor do local, não havia outra forma de matarmos nossa fome, mas até que foi legal.

Quando já próximo à chegada da Balsa o tempo fechou de vez, mal acabamos de vestir nossas roupas para chuva e o mundo desabou literalmente. Foi chuva com rajadas de vento forte, mas até que foi bom, pois, o calor estava insuportável.

Desta maneira, ao tomarmos a balsa, estávamos deixando de vez a BR-101 haja vista ela terminar exatamente no ponto onde a balsa aporta, na cidade de São José do Norte - RS, ai sim é o fim da Rodovia BR-101 - a famosa VIA LITORÂNEA.

Tomamos a balsa sob essa tormenta, colocamos as motos na balsa e partimos rumo a Rio Grande, ao descermos com as motos não sabíamos que direção tomar pois meu GPS não é a prova d’água e eu o havia guardado nas malas para não molhar. O Felippe perguntou a um taxista sobre nossa direção e ele nos informou e saímos com destino a Chuí sob chuva, era tanta água sobre as ruas da cidade que em determinados pontos a água chegava à altura das “canelas”, sem falar do mau cheiro que era insuportável. Creio que andamos literalmente sobre o esgoto da cidade do Rio Grande.

Mais uma informação prestada por uma senhora que estava em um ponto de ônibus e saímos da cidade sem maiores problemas e sob chuva seguimos até Chuí, que não parou mais.  Chegamos bem tarde em Chuí, já era quase noite e fomos procurar por hotel, que não foi difícil encontrar, o Hotel é o Turis Firper Hotel na Chuí brasileira e em seguida um restaurante, este sim, deu trabalho por ser o feriado do primeiro dia do ano.

A cidadela de Chuí que no Brasil se escreve com “i” com acento agudo, no Uruguai se escreve com “y”. A cidade fica na linha fronteiriça e é dividida apenas por uma avenida... Se está de lá, é Uruguai, se está de cá, é Brasil. O povo vive numa “harmoniosa mistura” pelo visto.


8º dia: Dia 02/01/2014 - Sexta-Feira - Chuí - RS à Punta del Este - Uruguay


No oitavo dia da viagem não levantamos muito cedo, pois havíamos ainda que adquirir a tal “Carta Verde” e fazer os trâmites de entrada no Uruguai. Foi extremamente fácil, simplificado e rápido. Em um escritório em frente ao hotel que hospedamos havia um despachante que nos vendeu a Carta Verde. Pagamos por sete dias e tocamos para a Aduana e Migração Uruguaia.

Chegando à Aduana e Migração, estacionamos as motos e fomos procurar o funcionário da fronteira para dar vistas as documentos e nos liberarem.

Quando ia entregar os documentos para o Fiscal de Fronteira Uruguaio, ele simplesmente perguntou se todas as motos estavam em nossos nomes e se não eram alienadas, respondi positivamente e ele nem olhou os documentos, muito simpático, desejou boa sorte e que aproveitássemos nossa estadia no Uruguai, seguimos rumo sul!

Antes de chegarmos ao Forte de Santa Tereza, a estrada "La Carretera 9" que de pista simples transforma se num AEROPORTO para pouso de emergência num piscar de olhos. Me disseram que durante a Guerra entre Argentina e Inglaterra pela posse das Ilhas Falcland (Malvinas) para os Argentinos, essa pista era usada para manobras de aviões argentinos.

Estrada/Aeroporto - muito legal!


Parecia que não havíamos saído do Rio Grande do Sul tamanha era a semelhança da paisagem. Estrada muito boa, bem cuidada e imediatamente chegamos ao Forte de Santa Tereza, uma construção erguida na época da colonização portuguesa/espoanhola, muito bonita e bem cuidada, pagamos o ingresso e fomos visitar suas dependências. Lá visitamos a Capela muito bem cuidada e o ambiente transmite uma energia muito bacana. Fiquei vagando em pensamentos imaginando como viviam ali os soldados que faziam a segurança daquele País. A impressão que tive é que o povo uruguaio cuida muito bem de sua história, de suas raízes.

Após a visita ao forte, montamos em nossas motos e partimos em direção litoral sul uruguaio, estrada maravilhosa, algumas curvas leves e a subidas e descidas leves, tocamos até a Playa Del Diablo para almoçarmos. Encontramos um restaurante numa rua sem calçamento, ventava muito, o dia era limpo e não havia previsão de chuva, ao pagarmos a conta assustamos com os preços, mas já sabíamos que no Uruguai tudo era muito caro.

Após o almoço  rodarmos alguns quilômetros e paramos para perguntar a um policial rodoviário sobre a estrada que seguíamos e se valeria a pena passarmos por Lá Paloma (cidadezinha praiana), para irmos costeando maie mais s o litoral Uruguaio. De pronto o policial informou que teríamos balsa e que poderia atrasar a viagem, ele não aconselhou. Interessante lembrar que ele me respondeu em Português fluente, com muita disposição para prestar a informação, ao agradecê-lo pela informação ele simplesmente estendeu a mão, me desejou boa viagem e que eu aproveitasse bastante minha estadia pelo Uruguai, muito gentil por parte dele.

Na seqüência, pegamos estrada e tivemos a primeira “pane seca”. A moto do Simão acabou a gasolina, eu e Fernando seguíamos na frente. Quando não apareceram, resolvemos voltar uns cinco a oito quilômetros e lá estavam o resto do grupo já providenciando para buscar gasolina num posto mais próximo, pois não foi possível tirar gasolina dos tanques das outras motos uma vez que já estávamos com pouca gasolina também. 

Perdemos muito tempo nestes dois dia por causa das baixas médias de velocidade, pane seca, e espera da balsa em São José do Norte, com isso só conseguimos chegar em Punta Del Este onde paramos num primeiro posto de gasolina da rede ANCAR. Gastamos dois dias para rodar 616 kms - 308 km por dia.

Ali abastecemos as motos e perguntamos ao frentista sobre hotéis com preço bom e ele nos informou que em Punta del Este tudo era muito caro, melhor seria procurar por hotel em Maldonado que é a extensão de Punta Del Este. No primeiro que encontramos não havia vagas, o gerente da pousada, gentilmente ligou para uns contatos dele e nos indicou um hotel no centro de Punta, foi a hospedagem mais cara até o momento, U$ 83,00 (oitenta e três dólares) pelo avançado da hora e o stress de andar por aquelas avenidas movimentadas com nossas motos, aceitamos a condição imposta.

Mas valeu a pena, à noite, andamos pelas ruas de Punta Del Este que nos surpreendeu pela beleza de suas construções, praças, bares, cassinos e restaurantes. Eu e o Marcus Heitor entramos num belo cassino, mas não era o Cassino Conrad, o mais famoso de Punta.

Um casal de Argentinos entre uma e outra seção de jogos, dançavam um belo tango argentino, cercado por pessoas que curtiam muito aquela dança sincronizada e sensual. Algum tempo depois, andando pelas ruas de Punta del Este, uma moça brasileira distribuía numa esquina alguns panfletos de um restaurante, nos entregou um e nos indicou o rumo do restaurante que por coincidência fomos atendidos também por brasileiros que trabalham lá. Jantamos e em seguida voltamos ao hotel para descansar e esperar o dia seguinte para passearmos pela orla de Punta Del Este e descobrir os encantos da cidade. 

Como a hospedagem era relativamente cara para os nossos objetivos (U$ 150 dólares por apartamento), nem tivemos muita vontade de ficar mais tempo em Punta e decidimos que iríamos até Colônia del Sacramento no dia seguinte..


by FR: pouco mais de 5 km separa a cidade de São José do Norte - RS à cidade de Rio Grande - RS, travessia que é feita somente por balsa - há projeto de uma ponte para ligar estas cidades.

by FR: A pequena São José do Norte, que na verdade deveria ser do SUL...

by FR: ... que mais parece uma vila de pescadores...

by FR: até este momento o tempo estava muito bom!...

by FR: Ao fundo avista-se os prédios da cidade de Rio Grande, RS

by FR: balsa pequena...

by FR: outra balsa pequena só para passageiros...

by FR: as Motos posicionadas para subirem na embarcação...

by FR: Claro!... e seus respectivos cavaleiros...


by FR: ... mais bah!... que espera longa...

by FR: Já estávamos sem assunto, tanto a espera é estressante...

by FR: Felippe fazendo os últimos chek-in para ver se está tudo correto.

by FR: e ai em cima... Eis o nosso Hotel em Chui - RS

by FR: a entrada do Hotel TURIS FIRPER HOTEL... 

by FR: e uma panorâmica do  TURIS FIRPER  HOTEL...
BY fr: Chegando à fronteira Brasil e Uruguai. 
by FR: Fronteira Brasil Uruguai... Finalmente! - da esq. para dir.: Geraldinho, Simão, Marcão e Marcus Heitor

by FR: Geraldinho, Simão e Marcão.

by FR: Felippe, Marcus Heitor, Marcão professor, Simão e Fernando

By FR: Marcão professor e Fernando Reis

by FR: Marcus Heitor, Marcão professor e Fernando Reis

by FR: Uruguai aqui estamos.... 

by FR: República Oriental del Uruguay
by FR: e tome estradas... agora sim, ótimas estradas!

by FR: Pista simples mas sem remendos, bem sinalizadas... Parabéns Uruguay!
by FR: ... uma última pose para registro da passagem pela fronteira....

by FR: ... chegando ao Forte de Santa Tereza....

by FR: muito bem cuidado e organizado...

by FR: "Museo Militar "Santa Teresa" - Departamento de Estudios Historicos del Estado Mayor del Exercito"

by FR: Portal principal: esq. p/dir.: Marcus Heitor, Simão, Geraldinho e Marcão bocejando... rsrsrs

by FR: Interior da Fortaleza...

by FR: Portal principal...

by FR: .... preparar... apontar... FOGO!
Esq. p/dir.: Marcus Heitor, Marcão e Geraldinho.

by FR: Muito legal!
Fernandão, Marcus Heitor e Simão...

by FR: ... O dia estava lindo... sol quente e nem sinal de chuva


by FR: Objetos litúrgicos da época...

by FR: documentos da Fortaleza...

by FR: ... e a imagem de Santa Teresa

by FR: "braseiro" - para cultos religiosos (incenso)

by FR: Cama do Padre "Capelão" e sua alcova...

by FR: ... documentos e objetos religiosos que contam a história da Fortaleza

by FR: model com batina dos "coroinhas"

by FR: ... altar da Capela do Forte....

by FR: Um lugar que transiite energia e paz! 

by FR: manequis com vestimenta da época representado um soldado e o "capelão" em confessionário.

by FR: Oratório com a Imagem de Nossa Senhora Imaculada Conceição

by FR: mais oratório 

by FR: ... inspecionando os canhões...

by FR: Muito legal!

by FR: Marcus Heitor assumindo posto de sentinela...

by FR: Geraldinho "sentinela"

by FR: hora de trocar de turno...
by FR: ... parece que não haviam soldados de estatura igual ao Fernando

by FR: ... fauna da região...

by FR; ... seria um instrumento de tortura?!?!?!?

by FR: Casa de fundição...

by FR: ... acredite se quiser... eram os cofres da coroa espanhola...

by FR: Chaves da Fortaleza de Santa Teresa

by FR: nossas guerreiras esperando para "pegar estrada"

by FR: esq. p/dir.: Marcão professor, Simão, Marcus Heitor, Geraldinho e Felippe

by FR: Bandit 1250 CC - do Fernando - super maquina!

by FR: ... e bem carregada...

by FR: Vista noturna de Punta del Este  - Uruguai

by FR: No alto deste prédio existe um restaurante giratório  com vista panorâmica de toda a costa da península de Punta del Este

by FR: Hotel TanGer: onde hospedamos...

by FR: Vista da orla lado Rio de la Plata...

by FR: Punta del Este à noite...

by FR: Lua cheia... muito legal!

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